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quarta-feira, abril 18, 2018

Vacina da H1N1 provoca corrida às clínicas de saúde em Salvador


18.04.2018, 04:00:00

Vacina da H1N1 provoca corrida às clínicas de saúde em Salvador

Campanha de imunização na rede pública começa segunda; veja preços em clínicas
A campanha de vacinação contra a gripe H1N1 começará na próxima segunda-feira (23), mas desde o final de março as clínicas particulares de Salvador têm registrado aumento na procura pela imunização. Em alguns locais, a demanda dobrou. A corrida começou depois que 11 mortes foram confirmadas na Bahia por conta da doença.
A juíza Renata Quadros, 43 anos, protege os três filhos todos os anos contra a H1N1. As crianças, de 4, 7 e 9 anos, sempre são imunizadas em maio. Preocupada, este ano a mãe resolveu antecipar a proteção dos pequenos e também aproveitou para se proteger.
"As crianças fazem parte do grupo de risco, então, por conta dessa epidemia, resolvemos vaciná-los mais cedo. Ninguém ficou gripado lá em casa, e a vacina é mais por proteção mesmo. A gente pensa 'qual o risco maior: vacinar ou não vacinar?'. A vacina é segura, então, o risco é maior se a gente não se imunizar", afirmou.
Pedro é vacinado desde bebê (Foto: Sora Maia/CORREIO)
O filho caçula, Pedro, poderia tomar a vacina através da rede pública de saúde, mas ela preferiu não esperar até o dia 23. Assim como Renata, outros pais correram para as clínicas para proteger os pimpolhos. Em uma delas, na Pituba, funcionários contaram que a procura pela vacina aumentou em 100% na última semana.
A advogada Monique Ferreira, 35, contou que no sábado tentou imunizar a filha, Melissa Ferreira, 4, mas desistiu por conta da quantidade de gente na fila aguardando pela medicação. As duas vão viajar para fora do país no final do ano, e a mãe está preocupada com a transmissão da doença.
“A primeira vez que ela recebeu a vacina tinha 8 meses de vida. Todos os anos fazemos a imunização, mas esse ano ficamos mais atentos por conta do noticiário, e porque temos amigos que tiveram a doença. Alguns médicos da família também recomendaram tomar a vacina, então, viemos logo para fazer isso”, disse, enquanto aguardava na recepção da clínica.
Animada, Melissa afirmou que a vacina não dói. "É só uma picadinha. Eu não choro, só faço 'ushh'", contou a pequena.
Monique e Melissa têm amigos que já tiveram H1N1 (Foto: Sora Maia/ CORREIO)
Já a estudante Stephanie Moricy, 21, contou ter tomado a vacina pela primeira vez. "Nunca tinha pensado na importância da vacina até ver a campanha nos noticiários. Meu namorado toma todos os anos, então, resolvi fazer o mesmo. Ela é importante para proteção, mas sou a primeira lá de casa a me vacinar esse ano", disse. 
Dúvidas
A enfermeira Leila Brito trabalha na clínica Sabin e contou que desde que a vacina chegou nas unidades da empresa, há 15 dias, o número de atendimento dobrou em relação ao ano passado.
A maioria dos pacientes chega ao local com dúvidas como: qual a idade mínima para receber a vacina? Quem pode receber a medicação? A vacina oferecida na rede particular é a mesma do posto de saúde? E quais são as principais reações?
“Notamos um crescimento acima de 100% na demanda. A procura está muito grande, principalmente, devido ao registro de casos da doença. Tivemos um aumento na sede e nas quatro unidades da Sabin. A composição da vacina muda anualmente, por isso, ela precisa ser tomada todos os anos. A vacina ainda é a melhor forma de prevenção”, afirmou.
A enfermeira contou que a imunização se apresenta de duas maneiras. A trivalente tem três sepas dos vírus da gripe, e previne contra H1N1, H3N2 e uma sepa do tipo B. Já a tetravalente (ou quadrivalente) é mais completa, e tem quatro sepas do vírus contra a H1N1, H3N2 e duas sepas tipo B. A escolha fica a critério do paciente.
Stephanie tomou a vacina da H1N1 pela primeira vez (Foto: Sora Maia/ CORREIO)
Despesas
Cada dose da vacina custa, em média, entre R$ 100 e R$ 130 na rede particular de Salvador. O valor pode ser parcelado, e apenas crianças menores de 9 anos que nunca receberam essa vacina precisam de dose dupla. Para os demais pacientes a dose única é suficiente para fazer a imunização.
Podem ser vacinadas crianças a partir dos seis meses de vida, sem limite de idade máxima. É preciso levar um documento de identificação e o cartão de vacina. Quem tiver alergia a ovo precisa levar também a orientação médica por escrito. O horário de funcionamento alterna de unidade para unidade, por isso, é importante checar com os laboratórios.
Confira o valor da vacina em alguns laboratórios da capital:

  • Labchecap – R$ 120. Pode ser parcelado em até 2x.

  • Seime – R$ 120. Pode ser parcelado em até 2x.

  • Leme - R$ 120. Pode ser parcelado em até 2x.

  • LPC – R$ 130. Pode ser parcelado em até 4x.

  • Sabin - R$ 100 para crianças de 6 meses à 2 anos e R$ 120 para maiores de 2 anos. Para parcelar a despesa no cartão de crédito é preciso que as parcelas sejam superiores a R$ 70.
O servidor público Varghá Santos, 55, contou que há muitos anos tenta estar com o calendário de vacinação em dias. Ele acredita que a proteção ainda é o melhor remédio.
O servidor público Varghá Santos, 55, durante imunização (Foto: Sora Maia/CORREIO)
“Eu sempre tomava a vacina na fase final da campanha, porque a empresa em que eu trabalhava tinha uma parceria para fazer a imunização. Depois que saí da empresa continuei me vacinando, primeiro para me proteger e, segundo, para evitar os sintomas chatos da gripe. Tenho esse cuidado desde os tempos em que fazia concurso, há muitos anos”, disse.
A H1N1 é uma doença viral, que é transmitida através de tosse e espirro. Ela provoca sintomas como calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgia, prostração, rinorreia e tosse seca. O paciente pode apresentar ainda sintomas como diarreia, vômito, fadiga, rouquidão, hiperemia conjuntival. Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os doentes apresentam febre.
Vacinação na rede pública começa na segunda-feira que vem (Foto: Arquivo CORREIO)

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