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quarta-feira, julho 08, 2015

filarmônica 24 de junho - Jeremoabo - BA







PARABÉNS JEREMOABO. "90 ANOS"
"1925 - 2015"
JV PORTAL
Vista Aérea da Cidade  “Praça da Matriz”
Garcia D'Ávila e seus descendentes construíram uma verdadeira fortaleza nas mediações da hoje grande Salvador, onde está Dias Ávila, com uma enorme torre para melhor vislumbrar o inimigo à distância. Daí então recebeu o nome de "Casa da Torre".

Garcia D'Ávila e seus descendentes mais próximos atingiam com ingentes sacrifícios e de certo modo por etapas o Rio São Francisco, deixando em cada ponto que se prestava para a pecuária, um casal de índios com algumas matrizes e um reprodutor de bovinos, com uma choupana, um curral de pau-a-pique, às vezes até um casal de eqüinos.

Durante quatro gerações os Ávilas estenderam seus domínios por quase todos os estados do Nordeste. Grandes divergências surgiram entre Garcia D'Ávila e os missionários, que se opunham à escravidão dos índios, por aquela praticada, e busca de braços para os trabalhos agrícolas, pois ainda não satisfaziam às necessidades do campo e o escasso número de pretos importados da África. Em represália aos missionários, o Senhor da Casa da Torre, Francisco Dias D'Ávila em março de 1669 incendiou as Igrejas de Jeremoabo e Itapicuru e as dos Kaimbés, reconstruindo-a depois em face da intervenção do papa ou do próprio Governo Colonial.

No primeiro quartel do século XVII, há notícias de que uma religiosa fundou aldeamento em derredor da ermida de Nossa Senhora de Brotas, que se encontrava, às margens do Rio Vermelho, antigo Rio Jeremoabo, (atrás do hospital) ainda se encontram os alicerces da velha capela da missão jesuítica seiscentista. A região de Jeremoabo, palavra indígena que significa "plantação de abóbora", foi povoada primitivamente pelos aborígenes muongorus e cariacás, ramo dos tupinambás. Os padres João de Barros e Jacob Roland promoveram a catequese dos índios de Jeremoabo e da região vizinha. Encontra-se na igreja matriz da atual cidade uma cruz paroquial de prata portuguesa, com a inscrição: "Igreja de Nossa Senhora de Brotas".

Em 1688, foi expedida a patente do primeiro capitão-mor da aldeia dos Muongorus de Jeremoabo, em favor de Sebastião Dias e com referência ao cabo Domingos Rodrigues de Carvalho, que dominara pelas armas a ferocidade dos indígenas. No mesmo ano, outra patente de "capitão" desses índios foi expedida em favor de Inácio Dias. A catequese dos índios foi mantida pelos missionários franciscanos, em 1702, que "disciplinaram aqueles lugares, tornando-se mais eficazes que as ameaças do Governo". Jeremoabo aparece já em 1698 com a categoria de "julgado". Segundo comenta Euclides da Cunha, era aquela localidade "incomparavelmente mais animada do que hoje" (1897); o humilde lugarejo desviara para si, não raro, a atenção de João Lancastro, Governador Geral do Brasil, principalmente quando se exarcebavam as rivalidades dos chefes dos índios munidos com patentes, perfeitamente legais de "capitães".


Em 1778, por iniciativa do citado 32.º Governador Geral do Brasil, criou-se a freguesia, na qualidade de termo Itapicuru. O alvará de criação da paróquia foi assinada por D. João V. Sob o regime de povoado a jurisdiçao civil possuía os mesmos limites paroquiais. Segundo informações à Côrte pelo Padre Januário de Sousa Pereira, Vigário freguesia de São João Batista de Jeremoabo do Sertão de Cima, havia na sede 32 casas e 252 habitantes sendo cinco brancos e os demais negros. De Jeremoabo desmembraram-se outras povoações, antigas aldeias de índios, para construírem outras freguesias e, depois, transformaram-se em municípios, como seja: Monte Santos, em 1790; Cícero Dantas, em 1817; Tucano, em 1837; Ribeira do Pombal, em 1837; Santo Antônio da Glória, em 1840 e outras. Ve-se assim que Jeremoabo foi o centro colonizador mais importante do nordeste baiano; do se amplo território de então, nasceram vários dos atuais municípios. Freguesia até 1831, foi, pelo Decreto de 25 de outubro daquele ano, elevada à categoria de vila e, depois à cidade pelo Decreto n.º 1775, de 6 de junho de 1925, por força da Lei n.º 628, de 30 de dezembro de 1953, sua composição administrativa passou a ser de seis distritos: sede (Jeremoabo), Canché, Iguaba, Santa Brígida, Sítio do Quinto e Voturuna. 

Partindo da Paróquia de Itapicuru de Cima, criada por D. Sebastião Monteiro da Vide foi criada a Paróquia de Jeremoabo que por sua vez gerou Santo Antônio da Glória, antigo Curral dos Boi, que também por sua vez gerou a Paróquia de Paulo Afonso da qual nasceu de Diocese Nossa Senhora de Fátima. Para satisfação nossa, Jeremoabo foi beneficiada por ser a Paróquia Mãe de toda a Diocese de Paulo Afonso, partindo do quinto vigário desta Paróquia, com algumas interrupções, temos a maioria dos Vigários de Jeremoabo entre 7 de abril de 1718 até o atual, Mons. Francisco José de Oliveira. Que em ordem crescente temos: 

Pe. João Coelho de Bessa - 1738 a 1748 
Pe. Januário José de Souza Pereira - 1748 a 1759 
Pe Monoel Muniz - 28.04.1769 
Pe Antonio Pires de Carvalho - 30.04.1777 
Pe Antonio Correa Dantas - 18.08.1780 
Pe Antonio Pires de Carvalho - 03.07.1784 
Pe Francisco Sá Pimentel - 31.10.1792 
Pe Antonio Correa Passos - 27.11.1794 
Pe Francisco Pires da Fonseca - 29.01.1803 
Pe Vicente José dos Passos - 1850 
Pe Joaquim Inácio Vasconcelos - 1866 
Pe José Dias da Fonseca - 1896 
Pe José Mendonça - 1899 
Pe Vicente Dantas Martins - 1900 
Con. Eutímio José de Carvalho - 1904 a 1928 
Pe Ricardo Fonseca Paranhos - 1925 a 1926 
Frei Domingos de Loro Pecino - 1927 a 1928 
Mons. José Magalhães e Souza - 1928 a 1959 
Mons. Francisco josé de Oliveira - 1959 
como também os padres auxiliares Manoel Antonio de 
Moura e Padre Eliomar Gomes da Silva. 

Dados obtidos através da Revista: 

"Jeremoabo, breve resumo da história de uma terra e seu povo"


Bandeira do Município de Jeremoabo/Ba
Comentário: Conforme o Brasão Municipal formada também por faixas flamejante de dez chamas, de prata e vermelho, e ainda cinco cruzetas vermelhas dispostas em sautor.

Brasão de Armas do Município de Jeremoabo/Ba
Escudo: esquartelado  por faixa flamejante de dez chamas, de prata e vermelho. Sobre os quartéis de prata, cinco cruzetas vermelhas dispostas em sautor.

Insígnia: coroa mural de prata, com quatro torres do mesmo, que é atribuído de cidade municipal.

Comentário: No escudo, as figuras são alusivas aos anais do município. No primeiro quartel (de prata), as cinco cruzetas vermelhas que equivalem às cinco chagas de Cristo e assim se constituem em símbolo missionário, aludem aos padres Jesuítas que participaram do povoamento desde os seus primórdios, difundindo a doutrina cristã. As chamas e o campo do 3º quartel, retratam o incêndio da aldeia de Jeremoabo por parte de Garcia D´Ávila, em represália à resistência dos naturais e religiosos, por sua pretensão de escravizar indígenas. O fogo evocativo do episódio, consta também do 2º quartel e simbolizam ai, suas conseqüências corporificadas na reconstrução do povoado que deu origem à cidade, pelo mesmo Garcia D´Ávila, graças à interferência da Coroa e dos religiosos (já agora franciscanos, que estão representados pelas cinco cruzetas vermelhas do 4º quartel) vitoriosos na civilização do aldeamento, pela fé emanada da catequese, que, como enuncia o lema, “Fides Super Omnia ” ( A Fé Tudo Vence) .

Salvador, 03 de setembro de 1974

"Todos nós somos capazes de realizações, e para isso acontecer, devemos sempre tentar"

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2º Congresso Brasileiro de Direito Municipal

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