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terça-feira, setembro 28, 2010

Perseguição implacável a Tiririca (já eleito por aclamação) mostra como a Justiça brasileira usa dois pesos e duas medidas

(Interino)

Impressionante a perseguição a Tiririca, que está prestes a ser eleito e já vai mandar fazer o terno para a posse. Primeiro, foi acusado de sonegar os bens, pois declarou que não tem nada. Na verdade, quem o conhece sabe que ele é e sempre foi pobre. O dinheiro que entrou por um lado, em melhor fase profissional na TV, saiu pelo outro. Depois do sucesso, estacionou na classe média.

Está certo que o candidato seja investigado pelo zeloso eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes, que diligentemente pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Tiririca, ao saber que ele diz não ter bens, e está sendo processado pela ex-mulher (Vara de Família) e por quatro pessoas que lhe prestaram serviços (Justiça Trabalhista).

Mas sempre cabe a pergunta: por que a Promotoria Eleitoral não se mostra tão diligente quando se trata de outros candidatos, como César Maia, por exemplo. O atento Guilherme Corrêa, que sempre envia ótimas colaborações a este Blog, recentemente destacou que César Maia declarou apenas R$ 73.054,51 (referente a Fundo de investimento financeiro – FIF).

“César Maia não tem apartamento nem carro???”, perguntou Guilherme Corrêa, ironicamente, já que no Rio de Janeiro todos sabem que o ex-prefeito é milionário, mora num apartamento hollywoodiano em São Conrado (alega que a filha lhe “emprestou”) e só anda de táxi gratuitamente, se é que vocês me entendem.

Perto de César Maia, Tiririca é um indigente sem teto, sem lenço nem documento, caminhando contra o vento, para fazer rir o povo e para dizer que o rei está nu, como no genial conto de Hans Christian Andersen.

Ainda não satisfeito, agora o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes pediu autorização da Justiça Eleitoral para fazer um teste de escrita e leitura com Tiririca. “Existe uma suspeita séria de que esse homem é analfabeto. É preciso saber se ele tem condição de ser candidato”, justificou o sempre diligente promotor.

A suspeita acontece depois de reportagem da revista “Época” mostrar indícios de que o palhaço é analfabeto. A lei eleitoral permite o voto dos analfabetos, mas proíbe a candidatura deles. E se ele for mesmo analfabeto? Não será o primeiro. Na década de 80, o suplente do então deputado Dante de Oliveira assumiu o cargo, apesar de analfabeto. Era líder dos garimpeiros no Mato Grosso, discursava toda sessão no chamado “pinga-fogo” (pequenos pronunciamentos no início da tarde) e se orgulhava de ser analfabeto. E o cacique Juruna, também deputado federal na mesma época, era formado em quê? Muitos outros deputados vêm dos chamados grotões e mal sabem assinar o nome. Ninguém nunca os incomodou.

Agora perseguem Tiririca. O sucesso de sua candidatura apenas demonstra o que muita gente pensa da política brasileira: é uma piada, cheia de enganadores, de partidos sem metas ou compromissos, num cenário em que o presidente da República, oriundo de um partido que era uma grande esperança de renovação, está hoje curvado aos banqueiros e abraçado a lideranças como Jader Barbalho, José Sarney, Severino Cavalcanti, Jorge Picciani e por aí em diante.

Quem realmente faz da política uma piada? Tiririca ou esses profissionais do voto?

Helio Fernandes |Tribuna da Imprensa

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