Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, junho 25, 2010

Aneurisma cerebral pode ser tratado sem cirurgia

Cristiane Flores

Muita gente pode sofrer de aneurisma cerebral sem saber. Trata-se de uma doença silenciosa que chega a matar cerca 40% dos pacientes, deixando sequelas neurológicas definitivas em 30% e somente os 30% restantes voltam à condição clínica de antes da ruptura. As mulheres são mais acometidas deste mal, aproximadamente 60% dos casos.

Entretanto uma nova técnica menos incisiva chamada de embolização pode tratar 80% dos casos. O médico especialista em cirurgia vascular, André Goyana, fala sobre os sintomas, fatores que podem acentuar o aparecimento da doença e desta nova técnica de tratamento que causa menos transtorno que a cirurgia convencional.

“Aneurismas cerebrais correspondem a uma dilatação (espécie de “bolha”) numa artéria do cérebro, que, em alguns casos pode ocorrer a sua ruptura espontânea, desencadeando uma hemorragia cerebral. A ruptura de aneurismas cerebrais corresponde a uma condição médica bastante grave, o que exige um tratamento especializado e precoce. Por ser em sua grande maioria uma doença silenciosa, a maioria dos pacientes só descobre que possui um aneurisma cerebral quando este rompe.

Grande parte dos aneurismas não apresenta qualquer manifestação clínica, podendo se tornar sintomáticos com o aumento de tamanho por causa de compressão de estruturas vizinhas ou existência de complicações. Costuma se manifestar como uma dor de cabeça intensa, normalmente, a pior dor de cabeça da vida da pessoa e podendo vir acompanhado de sinais neurológicos que lembram um AVC (acidente vascular cerebral) ou mesmo levar o paciente ao coma”, explica o especialista.

Apesar da maioria de na maioria das vezes estar relacionado à genética, o fumo e a hipertensão podem aumentar a possibilidade da pessoa sofrer um aneurisma Segundo André: “Fatores podem influenciar a sua formação, porém a grande maioria dos aneurismas são defeitos congênitos (já presentes desde o nascimento) que enfraquecem a parede da artéria em determinado ponto propiciando a formação do aneurisma.

Já é bem comprovado cientificamente que fatores como a hipertensão e o tabagismo influenciam a evolução natural dos aneurismas cerebrais, sobretudo aumentando o risco de ruptura. Aceita-se a cifra estimada de que 1% da população geral seja portadora de aneurismas cerebrais, pois os trabalhos onde os índices foram maiores incluíram aneurismas muito pequenos, descobertos somente em necropsias” afirma.

Tratamento com brevidade

O médico alerta que tratamento do aneurisma deve ser realizado o mais breve possível nos casos de ruptura ou de pacientes que estejam apresentando sintomas. Nos demais pacientes o tratamento deve ser realizado apenas quando indicado e possível. “Atualmente o tratamento dos aneurismas cerebrais pode ser efetuado através da clipagem cirúrgica ou do tratamento endovascular pela embolização percutânea.

A clipagem cirúrgica corresponde ao tratamento através da realização de uma abertura no crânio e colocação de um clipe no aneurisma por fora de maneira de evitar que o sangue entre em seu interior. A embolização consiste num tratamento endovascular, menos invasivo, pois é feito por dentro da artéria ou veia doente.

Ou seja, através de uma punção de uma artéria na região da virilha pode-se ter acesso a todo o sistema vascular do paciente, com a utilização de materiais bastante delicados e com espessura por vezes de um fio de cabelo, pode-se “navegar” por dentro do corpo humano e assim fechar o aneurisma cerebral por dentro”, pontua.

Em relação à embolização, o médico afirma que esta técnica pode ser realizada na grande maioria dos pacientes portadores de aneurismas cerebrais. ”Diversos estudos científicos já demonstraram a eficácia e vantagens da embolização do aneurisma cerebral sobre a cirurgia convencional no tratamento de alguns tipos de aneurismas cerebrais, tais como menor tempo de internamento (aproximadamente três dias), menores índices de complicações infecciosas e um rápido retorno às atividades habituais do paciente.

No entanto, apesar de ser um procedimento minimamente invasivo, a embolização não substitui totalmente a cirurgia por existir limitações anatômicas e técnicas que impedem a realização do procedimento em alguns pacientes (cerca de 20% dos casos)”, conclui Goyana

Fonte: Tribuna da Bahia

Em destaque

Em plena crise mundial, três Poderes criam tempestade política no Brasil

Publicado em 19 de abril de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Alpino (Yahoo Notícias) José Casado Veja ...

Mais visitadas