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segunda-feira, dezembro 28, 2009

A hora das previsões políticas para 2010

Carlos Chagas

Jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão e até blogs vão abrir espaço e tempo, esta semana, para os tradicionais videntes de todos os anos. Só que desta vez os profissionais da arte de enganar os incautos com previsões sobre o futuro terão concorrentes.

Os companheiros do PT, com o Lula à frente, garantem que Dilma Rousseff chegará à Semana Santa empatada com José Serra e, meses depois, estará eleita. Imaginam inexorável a transferência de popularidade do presidente para a candidata.

Já os tucanos garantem que Aécio Neves acabará cedendo aos apelos gerais e aceitará tornar-se companheiro de chapa do governador paulista, formando uma chapa imbatível.

Os videntes saídos do fundo da floresta apostam no crescimento e na vitória de Marina Silva, enquanto alguns empedernidos sustentam a iminência de surpresas inusitadas, como a continuação do atual presidente no poder por mais um período, sabe-se lá através de que artifícios.

Os políticos estarão concorrendo com os costumeiros “Pai-Xangô”, “Mãe-do-Mar” e “Tio-do-Caldeirão”, um pouco mais comedidos, mas igualmente interessados em atrair a atenção do vencedor, que ignoram quem seja, para credenciar-se a novas exposições de misticismo quando outro fim de ano chegar. Mais ou menos como fazem os institutos de pesquisa.

Em matéria de previsões políticas, no entanto, é bom ficarmos com Winston Churchill, que nas memórias da Segunda Guerra Mundial, escreveu: “Capacidade política é a capacidade de prever o que acontecerá amanhã, na próxima semana, no próximo mês e no próximo ano. E também a capacidade, depois, de explicar porque aquilo não aconteceu…”

A caverna de Ali Babá

Transformada em caverna do Ali Babá, Brasília assistiu neste fim de semana ser assaltado até o seu restaurante famoso pela presença permanente de políticos.

Depois do escândalo do mensalão promovido pelo governo local e penduricalhos, a gente pensava que nada poderia acontecer denegrindo ainda mais a imagem de Brasília. Pois aconteceu.

Neste fim de semana, na calada da noite, foi assaltado o restaurante mais famoso da capital federal, o Piantella, há mais de vinte anos ponto de reunião de políticos, lobistas e altas figuras da República.

Felizmente o estabelecimento já estava fechado. Ninguém se feriu. Os ladrões arrombaram uma porta, entraram e, estranhamente, não se preocuparam em abrir o cofre nem as caixas registradoras. Simplesmente sentaram-se na melhor mesa, comeram panetones aos montes, acompanhados de vinho da melhor qualidade e foram embora.

Maior desmoralização não poderia haver para a categoria dos assaltantes, daí as dúvidas da polícia local diante da autoria do assalto: teriam sido os bandidos de sempre, aqueles já conhecidos das autoridades, ou, quem sabe, foram alguns dos freqüentadores habituais do restaurante, frustrados por suas portas estarem fechadas? Afinal, panetone tornou-se a iguaria preferida da outra quadrilha, aquela que freqüenta o Piantella durante o dia…

Fonte: Tribuna da Imprensa

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