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sexta-feira, dezembro 21, 2007

Vôos já começaram a atrasar em todo o país

Fernando Exman Karla Correia
No mesmo dia em que a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deflagraram operações para reduzir os transtornos causados pelo apagão aéreo que vigora desde outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que os passageiros enfrentarão novos calvários nas festas de fim de ano.
- Vai ter problema, sim, mas em uma dimensão bem menor do que tivemos no ano passado - declarou o presidente em conversa com jornalistas durante um café da manhã.
Para Lula, o crescimento da demanda provocado pela popularização do transporte aéreo é uma das causas do caos. O presidente negou-se a admitir responsabilidade sobre a situação do sistema.
- Eu só estou aqui há cinco anos. Esse é um problema de médio e longo prazos - disse o presidente.
Ontem, começaram a funcionar os quatro Núcleos de Acompanhamento e Gestão Operacional da Infraero, localizados nos aeroportos de Brasília, Congonhas (SP), Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Cerca de 10 a 15 funcionários da estatal se revezarão durante 24 horas por dia até o fim de fevereiro nesses escritórios. Monitorarão o funcionamento de todas as áreas dos aeroportos, como estacionamentos, balcões de check-in, saguões, salas de embarque e desembarque, sistemas de informação, áreas de inspeção de bagagens e pátios. O centro de Brasília centralizará as informações enviadas pelos outros núcleos e pelos demais aeroportos do país.
A Infraero acompanhará cada vôo desde a origem. Assim, saberá em que etapa os atrasos começaram. Se houver problemas, atuarão em conjunto com a Anac e as companhias para solucioná-los da forma mais rápida possível. Tentarão garantir que as informações corretas sobre as causas de eventuais atrasos e cancelamentos sejam repassadas aos usuários. Além disso, tentará fazer com que as empresas ofereçam refeições e hospedagens aos passageiros que tiverem seus vôos atrasados por mais de 4 horas.
Segundo o presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, atualmente as empresas sonegam informações aos clientes. A Infraero verificará as informações oferecidas pelas companhias aéreas e as divulgará por meio de seus funcionários e pelos sistemas de som dos aeroportos. Com os núcleos, complementou Gaudenzi, os passageiros se sentirão "amparados".
- Se eu disser que não haverá nenhum transtorno, não é verdade - admitiu o presidente da estatal que administra os aeroportos do país. - É uma primeira experiência, que sempre poderá ser aprimorada. Estamos começando a entender que o trabalho tem que ser conjunto.
A Anac também estreou ontem sua operação de fim de ano, que vai dura até o dia 7. A agência escalou 130 funcionários para aumentar o esforço de fiscalização no período. Além dos atrasos e cancelamentos, as principais preocupações da Anac são o overbooking - método das empresas de vender mais passagens que o número de assentos do avião - e o atendimento dos passageiros no check-in. Ontem, Solange Paiva Vieira e Ronaldo Serôa da Mota foram nomeados pelo presidente Lula para a diretoria da Anac. Solange tomou posse da presidência da agência. O cargo estava vago desde outubro, quando Milton Zuanazzi renunciou.
No papel
A principal medida anunciada neste mês pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, no entanto, não saiu ainda do papel. O governo quer forçar empresas, Infraero e Aeronáutica a compensar financeiramente os usuários pelos atrasos. O ministro disse que a regra tendia a ser instituída por meio de medida provisória até hoje para já valer nas festas de fim de ano, o que não ocorreu.
O Conselho Nacional de Aviação Civil referendou a decisão de Jobim de limitar pousos e decolagens em Congonhas, o aeroporto mais congestionado do país. A norma passará a valer a partir de hoje.
Fonte: JB Online

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