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domingo, dezembro 23, 2007

Informe JB: O dilema ético do PDT e seu ministro

Weiller Diniz
No dia 26 de novembro a Comissão de Ética Pública do governo federal recomendou que o ministro do trabalho, Calos Lupi (PDT-RJ), deixasse a presidência nacional do partido por considerar o acúmulo de função um desvio ético. A comissão, presidida pelo ex-ministro da economia era Collor, o embaixador Marcílio Marques Moreira, concluiu que na dupla função havia um "conflito de interesses" entre o cargo de ministro de Estado e de presidente de um partido político.
A Advocacia-Geral da União, em um despacho dado pelo advogado José Antônio Dias Toffoli, entrou no circuito e numa abordagem estritamente jurídica sustentou a permanência de Carlos Lupi no posto de ministro do Trabalho sob o argumento de que "não há ilegalidade ou inconstitucionalidade" na duplicidade de papéis desempenhados pelo ministro. A questão, obviamente, não é jurídica e sim ética e, portanto, caberá ao presidente Lula decidir, nos próximos dias, a dupla jornada de Carlos Lupi, que deu os ombros e não quer largar nenhum osso.
O constrangedor é o próprio partido do ministro, o PDT, que tem na figura de Jefferson Péres (PDT-AM) um inclemente guardião da ética alheia e que agora deveria cobrar de seu ministro a ética que cobra dos demais. Cristovam Buarque é outro senador do PDT por Brasília que gosta de cobrar ética de terceiros. Em uma reunião onde estavam os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), Roseana Sarney (PMDB-MA) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), Cristovam defendeu a demissão de Lupi: "Fica muito mal ele permanecer. Mas se ele for demitido quem vamos colocar no lugar dele? Nós não temos quadros", lamentou. Procurado pelo Informe JB, Cristovam mudou o tom e defendeu o desvio ético pelos, acredite, precedentes tucanos. "Não vejo problema. Sérgio Mota era secretário-geral do PSDB e ministro das Comunicações. Jorge Bornhausen era ministro e presidente do PFL".
Explicação
O Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse ainda acreditar que Marcílio Marques esteja retaliando Carlos Lupi. Ou que o atual ministro chegou a xingar Marcílio no passado ao usar um adjetivo nada abonador e que, agora, Marcílio estaria se vingando do ataque. Cristovam admitiu a saída de Lupi em uma única condição. Se houver duplicidade no pagamento de salários. "Aí é outra questão que vou procurar saber", prometeu.
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Fonte: JB Online

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