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segunda-feira, dezembro 17, 2007

Governo suspende obras do São Francisco

O Ministério da Integração Nacional determinou ontem que as obras de transposição do Rio São Francisco fossem suspensas. A determinação é decorrente da liminar concedida na última segunda-feira, pelo desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A ordem de paralisação das obras no Eixo Norte em Cabrobó, Pernambuco chegou ao comando do Exército e ontem mesmo as máquinas pararam de trabalhar nos dois canteiros. O ministro Geddel Vieira Lima, solicitou do Ministério da Defesa que as tropas do Exército se retirassem do local. Apesar da suspensão, o bispo dom Luiz Cappio, disse que não vai abandonar a greve de fome, que hoje já completa 19 dias. A segurança dos equipamentos estacionados nos canteiros de obra será feita por homens do 72º Batalhão de Infantaria de Petrolina (PE), até que o governo federal tenha uma resposta sobre a liminar. Esta semana a 10ª Brigada do Batalhão de Recife esteve em Cabrobó com soldados e tanques, em exercício de garantia de segurança às áreas onde o Exército está trabalhando. Na próxima segunda, acontece às 10h, na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), a assinatura da ordem de serviço para reinício dos projetos de irrigação Salitre e Baixo. Neste dia o ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) estará em Salvador. O governador Jaques Wagner (PT) e Geddel estão à frente da reabertura das obras que ficaram inacabadas por 10 anos. Além de religiosos e primos, agora os três irmãos de dom Cappio aderiram a greve de fome em solidariedade ao bispo. Vinte pessoas da diocese de Barra, que estão na sede da Codevasf, em Irecê, também entraram em jejum. Debilitado, ontem ele não caminhou como fez nos últimos dias, transparecendo sua fragilidade com a falta de alimentação, e continua ingerindo soro durante todo o dia. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Geraldo Lyrio Rocha, admitiu ontem que não há consenso na Igreja Católica em relação à greve de fome do bispo de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, contra a transposição das águas do Rio São Francisco. “Em torno dessa questão, não tem muita unanimidade”, disse. Logo após se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, d. Geraldo disse que uma parte dos bispos avalia que d. Cappio põe em risco a própria vida, o que afronta as pregações da Igreja. Já outra parte argumenta que ele não busca a morte. O presidente da CNBB evitou comentar a conversa que teve com Lula. “É claro que todos nós tememos a morte do bispo; por isso, a CNBB desejou conversar com o presidente Lula”, afirmou d. Geraldo. “Queremos dom Luiz vivo.” O presidente da República reclamou, em diversas ocasiões, da postura de d. Cappio. Lula disse, em declarações anteriores, que optará pela vida de milhões de nordestinos, que, segundo ele, dependem das obras de transposição. Na avaliação de Lula, a greve de fome do bispo de Barra é uma questão da Igreja. Diante do impasse, representantes da CNBB, ouvidos pela Rádio Jornal do Commercio, do Recife, disseram que a entidade pediu a orientação de especialistas em Direito Canônico. A conferência quer uma avaliação do caso levando em conta as normas da Igreja.
Marcelino Galo vê tentativa de isolar esquerda petista
Preparado para enfrentar, amanhã, o segundo turno das eleições diretas do PT, em que tenta a recondução ao cargo, o presidente regional, Marcelino Galo, interpretou a aliança entre as correntes derrotadas no primeiro turno e seu adversário, Jonas Paulo, como “uma tentativa de isolamento da esquerda do partido, mas isso não vai pegar na base, porque o PT continua sendo um partido ideológico”. Para Marcelino, “trata-se de um movimento de cúpula, à direita, de apoio ao lado aético”, que os filiados vão rejeitar, como “militantes históricos, que têm formação política”. No primeiro turno, dia 2 de dezembro, a corrente de Marcelino, Articulação de Esquerda, obteve em todo o Estado 6.624 votos, cerca de 40% do total, elegendo cinco membros para a Executiva e 25 para o Diretório Regional. A tendência Por um Novo Brasil, de Jonas Paulo, conseguiu 5.206 votos, enquanto o Reencantar e a Democracia Socialista, cujos principais líderes são, respectivamente, o deputado estadual Waldenor Pereira e o deputado federal Walter Pinheiro, chegaram em terceiro e quarto, mas praticamente empatados, na casa dos 2.900 votos. Galo contesta a argumentação de que o apoio dessas correntes se deva ao fato de ser Jonas o candidato a acenar com o propósito de alianças eleitorais para 2008 e até 2010. “Isso não existe. A atual gestão teve participação fundamental na aliança que levou Wagner ao governo. O processo foi conduzido por instâncias partidárias, com participação fundamental da atual gestão, e foi aprovado por unanimidade. Nós não somos contra alianças, somos contra a desfiguração do partido. Não podemos permitir que o PT permaneça nessa geléia geral. É preciso que o partido afirme suas candidaturas próprias e possa levar seu projeto à população”. O presidente defende o diálogo com os diretórios municipais “para que as bases decidam se há ou não condição de apresentar candidatos”, numa estratégia que envolva todos os municípios, sem fazer distinção no caso de Salvador. “Não podemos”, disse, “centrar o nosso debate na capital. Acho que está havendo uma contaminação no sentido de destacar a situação de Salvador. O PT precisa ampliar suas forças em todo o Estado”. Lembrando que o partido não trabalha nomes, mas uma tese de fortalecimento da legenda, Marcelino repele a idéia de que “alianças pontuais, como a feita para o governo, se tornem permanentes”.(Por Luis Augusto Gomes)
Pinheiro: liberdade de voto
O candidato Jonas Paulo é da corrente hoje denominada Por um Novo Brasil, que se chamava Campo Majoritário e teve seus líderes nacionais, como José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira, envolvidos, em 2005, no escândalo do mensalão. Foi esse passado que levou Marcelino Galo a criticar o apoio dado a Jonas pela Democracia Socialista, “que sempre teve um discurso pela ética”. Pela DS, o deputado Walter Pinheiro reagiu: “Se alguém tem alguma dúvida ética e estava no comando do partido, deveria ter providenciado até botar para fora aqueles que não são dignos de estar no PT”. Ele afirmou ser “natural que as forças políticas se aliem a partir de momentos internos” e que sua corrente, vencida no primeiro turno da eleição petista, “decidiu tomar uma posição entre um e outro, porque pregar o voto nulo não daria”. Pinheiro perguntou ainda se “há algum processo contra Jonas Paulo, alguma coisa de padrão ético”. O parlamentar não aceita também a acusação de que a DS tomou uma decisão de cúpula, alegando que sua corrente não é adepta do centralismo democrático, que é o cumprimento inapelável das determinações colegiadas. “Aliás, uma das coisas pelas quais não estamos votando em Marcelino é porque somos contra essa história de estrutura vertical. As bases que se relacionam conosco têm opção. Há uma orientação política para o voto em Jonas Paulo, mas eu vou votar como quero e cada um vota como quer”. (Por Luis Augusto Gomes)
Ministra solta baianos presos na Operação Jaleco
A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Eliana Calmon, revogou ontem a prisão preventiva de cinco pessoas detidas pela Polícia Federal durante a operação Jaleco Branco. A operação desarticulou uma suposta quadrilha especializada em fraudar licitações públicas do Estado da Bahia, da cidade de Salvador e da Universidade Federal da Bahia. Calmon determinou a soltura de Clemilton Andrade Rezende, Marcelo de Oliveira Guimarães, Jairo Barreiros de Almeida, Jairo Barreiros de Almeida Filho e Marcelo Santana de Almeida. Eles estavam presos na carceragem da Polícia Civil, em Brasília. O STJ informou que todos eles já prestaram depoimentos à PF. Os denunciados tiveram a prisão decretada no último dia 5. Inicialmente, Calmon determinou que a prisão teria a duração de 15 dias. Ao revogar o decreto de prisão, a ministra informou que não é mais necessária a custódia dos denunciados, pois diversas provas foram colhidas e os depoimentos foram tomados. O MPF (Ministério Público Federal) apresentou ao STJ denúncia contra 28 pessoas por suposto envolvimento com fraudes em licitações na Bahia. Entre os denunciados estão os delegados da Polícia Federal Zulmar Pimentel dos Santos, Marco Antônio Mendes Cavaleiro e João Batista Paiva Santana. Eles foram denunciados pelo suposto vazamento de informações. Também foi denunciado o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) da Bahia, Antonio Honorato de Castro Neto. A assessoria de Castro Neto não atendeu às ligações da reportagem.
Fonte: Tribuna da Bahia

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