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quinta-feira, novembro 29, 2007

Votos do PDT e PTB dão novo ânimo ao Planalto no Senado

Karla Correia
brasília. Depois de apelar para grandes cartadas, como a promessa de uma reforma tributária, o governo conseguiu, no corpo-a-corpo, duas vitórias importantes na guerra pela aprovação da CPMF no Senado. Depois de muitas ameaças, o PDT decidiu fechar questão a favor da prorrogação do imposto do cheque. Se disse convencido pela retirada da incidência das Desvinculações de Receita da União (DRU) na área de educação, prometida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. E a bancada do PTB, que na noite de terça-feira se encontrou em um jantar com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, liberou o voto para os senadores do partido. Nas contas do Palácio do Planalto, as duas notícias somam ao menos nove votos a favor da CPMF no plenário da Casa.
Com cacife renovado, o governo mudou de tática no Senado. Antes, pressionado pelos partidos da oposição - certos de contarem com os votos necessários para a derrubada da CPMF - para apressar a votação da PEC que prorroga o tributo até 2011, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) passou a defender a antecipação do primeiro turno da PEC já para a próxima semana. E deu mostras de que o governo também acredita ter os votos necessários.
- Quem tem dificuldade de colocar 41 senadores em plenário para contar prazo dificilmente tem 49 para aprovar a CPMF - desafiou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que desprezou a importância do posicionamento do PDT na reta final do embate na Casa e afirmou que a oposição, que se gaba de ter sete votos dentro da base governista, nunca incluiu o PDT nessa conta.
- Na hora é que vamos ver quem tem café no bule.
Dentro do PTB apenas o voto do senador Mozarildo Cavalcanti (RR) é considerado voto perdido, mais por conta da rixa regional com o líder do governo, Romero Jucá, do que pela manobra do Planalto que o retirou da Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Mozarildo não tem atendido os telefonemas do Planalto. Também não compareceu ao jantar com o novo articulador político do governo. O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), que acusou subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência, Marcos de Castro Lima, de tentar comprar seu voto oferecendo liberação de emendas, é mais um que se recusa a atender as ligações.
Mais uma resistência dentro da bancada petebista, o senador Romeu Tuma (SP) compareceu ontem a reunião com partidos da oposição no Senado e reafirmou sua disposição em votar contra.
- Mas não jurou que vai votar contra, nem assinou nenhum compromisso nesse sentido - observa José Múcio, que considera a posição do companheiro "contornável".
- É preciso lembrar aos indecisos que o ganho político de se derrubar a CPMF vai durar algumas semanas, já as perdas de um resultado como esse vão se prolongar por vários anos - prega José Múcio.
A tática do governo em conquistar votos de senadores tem foco centrado nos Estados. Em conversa com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Múcio repetiu a cantilena do governo lembrando os riscos embutidos no possível fim da CPMF. Nas entrelinhas do discurso, pediu apoio ao tucano para virar o voto do senador petebista. Envolvido no corpo a corpo por votos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apelado ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR) a virar votos oposicionistas em seu Estado. Os senadores Jonas Pinheiro e Jayme Campos, ambos do DEM, estão na mira do governador. Novas rebeliões, como a acenada pelo PR, são descartadas pelo governo.
- Estou mais preocupada com a situação do Corinthians - despista a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
Fonte: JB Online

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